A partir de um espaço simples, um quarto, e a presença do corpo humano, a peça apresenta um movimento que convida à reflexão sobre as tensões que o homem urbano experimenta. O espaço do quarto e o corpo estão expostos de uma mesma forma.
A encenação evidencia a impressão de isolamento e solidão para problematizar a idéia da intimidade nos dias de hoje.
A narrativa é construída por meio de situações que se cruzam, como por exemplo, a insônia e o movimento autômato, máquina, das ruas; ou, a violência das relações e a contemplação.
No processo de criação, os quadros dos artistas E. Hopper, G. Klint e B. Balthus serviram de inspiração para o reconhecimento e a compreensão das nossas emoções e sensações. A construção de sentido da peça se faz por um sistema de composição visual e sonoro. A quietude ou a explosão sonora, a suspensão no espaço e o caráter escultórico dos corpos, situados num interior doméstico, são os principais elementos narrativos da peça.

Estreou dia 21 de fevereiro de 2007 em Lisboa – Portugal e fez temporada no Teatro Novelas Curitibanas.

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