Ficha técnica:

Elenco: Eduardo Giacomini e Olga Nenevê
Texto e Direção: Olga Nenevê
Assistente de direção: Fernando de Proença
Direção de movimento: Marila Velloso
Cenário e figurino: Eduardo Giacomini e Olga Nenevê
Desenho de luz: Luiz Nobre
Operador de luz: Luiz Nobre e Lucas Amado
Sonoplastia e design de som: Vadeco
Preparadora corporal: Viviane Cecconello
Designer Gráfico: Alessandra Nenevê
Fotografia e imagens do vídeo: Elenize Dezgeniski
Assessoria de imprensa e op. de som: Fernando de Proença
Produção: EGM Produções Artísticas e Obragem Teatro e Cia.
Sobre a escrita cênica de Passos
O desafio de trabalhar sem perder a lógica das idéias da peça nos induziu à criação de uma linguagem que relaciona informação e cognição. Uma linguagem específica e precisa. Os movimentos dos corpos, da luz ou da fonética das palavras estão relacionados e constroem imagens simbólicas. A organização dessas imagens revela uma idéia. Uma idéia cênica.
O corpo sempre nos comove. A elasticidade da pele jovem ou as rugas e vincos da pele envelhecida, que não escondem o movimento, que agem e se deixam agir pela realidade e pelo Tempo, também nos comovem. Da mesma forma, o corpo morto nos intriga. O endurecimento. Enquanto avançávamos no processo criativo, notícias sobre violências moveram em nós silêncios e estupefações. Com isso, o trabalho a cada dia se atualizava. E continua, hoje, se atualizando. Avançamos num território movediço, indomável. Acreditamos, sim, no nosso processo de criação que nos impele ao mesmo tempo ao constante questionamento. Da mesma forma, olhamos a realidade e também questionamos o que vemos.
A morte de uma pessoa ou as chacinas diárias podem nos revelar diferentes mapas emocionais, visões sobre nossos dias tristes. A morte e a violência são idéias que roubam nossa lucidez. A realidade também parece estar roubando um pouco de cada um de nós. E o teatro pode nos lembrar das nossas qualidades essencialmente humanas. O teatro é capaz, SIM!, de despertar e agitar, até mesmo os corpos mortos que vemos caminhar pelas ruas.
Passos é uma peça de teatro sobre o luto. É um réquiem-cênico, um lamento pelo estado das coisas, pela miséria humana, uma tristeza quieta pelo que não podemos compreender.
Passos possui uma lógica poética. A sua escrita se faz por meio de metáforas e imagens eróticas. É pelo corpo que reivindicamos a comunicação. É pelo corpo que reivindicamos o NÃO enrijecimento do homem e das idéias.
Estréia: 29 de maio de 2008 no Teatro Novelas Curitibanas – Curitiba – PR


Grupo Obragem de Teatro © 2012 - Alameda Júlia da Costa, 204 - Curitiba - PR | 41 3077.0293