Zaqueu conta a história de um adolescente, viciado em crack.
O desejo de fuga da realidade e a libertação de uma vida sem perspectivas são postos na cena, por meio de uma linguagem que mistura ficção, aspectos da realidade brasileira e questões sobre a representação. Temáticas como a morte, o luto e a violência são apresentados por meio da crueza do corpo sem vida, “jogado” no chão.
Na peça, a solidão humana é problematizada por meio dos personagens Zaqueu - o filho, e Angélica - a mãe, que para fugir da violência do filho e para livrá-lo do vício, tenta envenená-lo, mas o rapaz sobrevive. A partir das situações criadas por esses dois personagens principais, outros personagens surgem para contar uma história em “pedaços”. Os atores assumem diferentes papéis e criam relações com a literatura e com a espetacularização das tragédias cotidianas.
Zaqueu fala de amor e perda de si mesmo. Na busca de uma satisfação inalcançável, os personagens se mostram incapazes de superar o Vazio de suas vidas e acabam por perderem-se um ao outro e a si mesmos. Criada a partir da seleção de notícias de jornal, a peça apresenta um retrato sensível da nossa sociedade. Zaqueu mostra a vida privada atravessada pela violência do comportamento social.

Estreia: Espaço Dois – 26/08 a 12/09/2010.

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